Outro dia o Felipe Souza Ramos, atendimento da agência, veio falar comigo. Disse-me: "Tenho uma notícia que é boa e ruim, mas ainda não defini se é boa ou ruim para mim, ou para a agência...". Foi engraçado, antes de ele começar a falar eu já sabia: mais um profissional que sairá da agência.
Na hora eu disse: "Que bom, vai valer a experiência". E é verdade: eu quero que as pessoas que passem pela ZERO13 cresçam, no mínimo, profissional e pessoalmente.
Lembrei do Nizan Guanaes (meu "ídalo") quando fez uma reunião com todos os funcionários da DM9 (agência que eu trabalhava em 1995) para comunicar que haveriam muitas demissões nos próximos meses pois era necessário uma restruturação financeira na agência. Disse para o pessoal da Criação economizar no papel, usar frente e verso. E completou: "A DM9 não é uma família, é um time de futebol. A gente vai jogar com 11 ou com 10, 9 ou 8 em campo. E vai jogar pra ganhar!".
Comecei a pensar que nós também jogamos assim: desde que a regra permita um número mínimo de jogadores, o que importa é jogar com garra, dando carrinho, xingando o bandeirinha e ganhar suando muito.
Eu sempre quis isso para a agência: um lugar que tivesse pessoas com tesão de trabalhar e que, ao saírem da agência, fossem sempre para São Paulo, que é o melhor lugar do Brasil (e um dos melhores do mundo) para se trabalhar com propaganda.
Mas não é só "sair da agência". Tem que ter um portifólio legal, que dê coragem para apresentar para as agências de sampa, sem medo de ter trabalhado em Santos. Isso aconteceu com os diretores de arte que trabalharam com a gente. Até hoje fica aquela sensação boa de ter "perdido" um profissional para SP e não para Santos (somos egoístas mesmo).
A ZERO13 é igual a rodoviária: gente viajando para se divertir, viajando para trabalhar, ou viajando para fazer as duas coisas, igual a ZERO13.